Egito

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Egito

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Informações básicas

O Egito (antes Egipto, em árabe: مصر Misr / Másr) é um país localizado no Norte da África, cuja capital e maior cidade é o Cairo. O Egito é muito conhecido pela antiga civilização egípcia, com os seus templos, hieróglifos, múmias, e pirâmides. Menos conhecido é o Egito Medieval, uma fusão entre a cultura muçulmana e ortodoxa copta - antigas igrejas, mosteiros e mesquitas erguem-se um pouco por todo o Egito. O Egito estimula a imaginação dos turistas como poucos países o fazem, e é provavelmente um dos países mais visitados do mundo.

Entenda[editar]

A regularidade e a riqueza da cheia anual do Rio Nilo, aliada ao quase isolamento provocado pelos desertos a leste e oeste, permitiram o desenvolvimento de uma das maiores civilizações do mundo. Um reino unificado nasceu em 3200 a.C. e diversas dinastias governaram o Egito pelos 3 mil anos seguintes. A última dinastia genuinamente egípcia caiu diante dos persas em 341 a.C., e, em seu lugar, gregos, romanos e bizantinos governaram o país.

Entretanto, foram os árabes que introduziram o islamismo e a língua árabe no século VII e controlaram o Egito pelos seis séculos seguintes. Uma casta militar local, os Maluks, tomaram o controle em 1250 e continuaram a governar o país até sua conquista pelos otomanos em 1517.

Depois da conclusão do canal de Suez em 1869, o Egito se tornou um importante ponto de convergência no transporte mundial, mas isso também gerou enormes dívidas. A fim de proteger obstinadamente seus investimentos, os britânicos tomaram o poder do país em 1882, mas permaneceram leais ao Império Otomano até 1914. Parcialmente independente da Grã-Bretanha em 1922, o Egito só adquiriu total soberania depois da 2ª Guerra Mundial.

A conclusão da barragem do alto Assuão em 1971, que teve como resultado o Lago Nasser, subtraiu o lugar de honra do rio Nilo na agricultura e na ecologia. O crescimento rápido da população (a maior no mundo árabe), a limitação das terras aráveis e a dependência do rio têm esgotado rapidamente seus recursos. O governo vem se esforçando para preparar a economia do século XXI por meio de reformas e investimentos maciços em comunicações e infra-estrutura.

Clima[editar]

O Egito possui um clima praticamente desértico, pois é uma extensão do Saara no norte da África. Os verões são secos e muito quentes e os invernos moderados - a melhor época para se visitar o país é entre novembro e janeiro. No vale do rio Nilo não chove. Então, tudo de que se precisa são óculos escuros, bloqueadores solares e e bons chapéus.

Feriados[editar]

Bancos, lojas e escritórios ficam fechados durante os seguintes feriados nacionais:

  • 7 de janeiro (Natal para os ortodoxos orientais)
  • 25 de abril (Dia da Libertação)
  • 1º de maio (Dia do Trabalho)
  • 23 de julho (Dia da Revolução)
  • 6 de Outubro (Dia das Forças Armadas)
  • Ramadã - o 9º mês do calendário islâmico, celebra a revelação do Alcorão feita por Deus a Maomé. A maior parte dos restaurantes só abre depois do pôr-do-sol e muitos serviços têm horário reduzido. Não é nada educado comer, beber e fumar em público durante o Ramadã.

Os transportes públicos podem ficar limitados durante os feriados.

Regiões[editar]

Regiões e principais destinos do Egito
Baixo Egito
Incluindo o delta do nilo e a costa mediterrânica. Aqui fica a capital do país, o Cairo, e Alexandria, o seu porto mais importante.
Médio Egito
A área ao longo do Nilo onde as regiões históricas do Alto e Baixo Egito se encontram.
Alto Egito
Um grande amontoado de templos egípcios na parte sul do Nilo.
Deserto Ocidental
Aqui ficam os oásis ocidentais; cinco pedaços de vida no meio do deserto, cada um com as suas atracções.
Costa do Mar Vermelho
Resorts de praia da luxo, o melhor mergulho do país
Sinai
Uma montanhosa e isolada península, com fascinantes locais históricos e óptimos locais de mergulho.


Cidades[editar]

De norte para sul:

  • Marsa Matruh - É uma importante cidade turística, servindo de resort de praia para europeus e cairenses que fogem da capital nos escaldantes meses de verão.
  • Port Said - É o ponto de entrada do Canal de Suez no Mediterrâneo. Situa-se numa das margens do canal, virado para a sua cidade-gémea, Port Fouad (Bur Fouad).
  • Alexandria - Alexandria é a segunda maior cidade egípcia, o seu maior porto e a janela egípcia para o Mediterrâneo. Tem muitas atracções históricas e culturais.
  • Cairo - a capital do Egito e lar das pirâmides de Giza, do Museu Egípcio e de fabulosas construções de arquitetura islâmica.
  • Suez - um porto no Mar Vermelho, popular por ser o ponto de entrada do Canal de Suez no Mar Vermelho. É ponto de paragem para muitos peregrinos que se dirigem a Meca.
  • Siwa - uma cidade-oásis situada numa das regiões mais isoladas do Egito. É também das mais antigas do país, com muitas atracções históricas.
  • Dahab - Um resort de praia no Sinai. Muito visitado por turistas para praticar mergulho ou simplesmente relaxar e não fazer nada na praia.
  • Sharm el-Sheikh - É um bem conhecido resort de praia na ponta da Península do Sinai, popular entre mergulhadores. É um dos maiores destinos turísticos do país.
  • Hurghada - Um resort na costa do Mar Vermelho, muito visitada pela praia, mas sem quaisquer atracções históricas. Conhecida pelos desportos aquáticos.
  • Sohag - Cidade de grande história, tem muitos monumentos famosos, como o Mosteiro Vermelho, o Mosteiro Branco, o Templo de Akhmim e o Templo de Abydos. Também é famosa pelas vistas do rio
  • Luxor - Outrora a capital do Egito durante o Império Médio e o Novo Império, Luxor tem muito para oferecer aos viajantes, desde vastos templos a antigos túmulos reais, com espectaculares paisagens de deserto e do Nilo.
  • Assuão - É a mais pequena das três cidades turísticas do Nilo. Situa-se perto da Barragem de Assuão, e de vários templos, como os da Ilha de Elefantina.

Outros destinos[editar]

  • Abu Simbel - Abu Simbel situa-se nas margens do Lago Nasser no Alto Egito. O complexo de templos dedicado ao Faraó Ramsés II, o Grande e à sua esposa preferida, Nefertari, permanece um destino inesquecível, símbolo do Egito.
  • Abidos - Um sítio histórico no Médio Egito, uma colecção de templos, túmulos e outros sítios históricos e arqueológicos, dos quais o mais famoso é o templo de Seti I, com magníficos relevos e com a Lista dos Reis.
  • Amarna - É um importante sítio arqueológico no Médio Egito, situado na margem oriental do Nilo. É conhecida pelos seus templos e túmulos antigos, parte da antiga capital do rei herege Akhenaton.
  • Beni Hasan - Uma localidade no Alto Egito. Situada no banco este do Nilo, este interessante sítio é constituído por túmulos esculpidos na rocha com magníficas vistas. Perto fica um templo esculpido na rocha chamdo Speos Artemidos, muito interessante.
  • Dahchur - Um campo de pirâmides no Baixo Egito, mais tranquilo e isolado no do que o de Giza ou Saqqara, com várias das maiores pirâmides do Egito. Recebe menos visitantes e é muito mais calmo, mas não deixa de ser um dos locais mais interessantes do país.
  • Deserto Branco - Um deserto perto do Oásis de Farafra (Deserto Ocidental), muito conhecido e visitado. O deserto tem uma cor branca e tem enormes formações rochosas de rocha branca, criadas devido às ocasionais tempestades de areia na área.
  • El Alamein - Cenário de duas batalhas da II Guerra Mundial, no Baixo Egito, às quais foi dedicada um museu na cidade. Para além das atracções históricas, El Alamein tem vindo a desenvolver-se num popular resort de praia.
  • Filé - Um dos sítios mais bonitos do Egito: uma ilha no Nilo onde se localiza um complexo de templos dedicados à deusa Ísis, no Alto Egito. Para além do templo a Ísis, encontram-se uma grande quantidade de outros templos, como o Quiosque de Trajano.
  • Gilf Kebir - Um oásis no meio do Deserto Ocidental deserto na parte mais remota do Egito. Tem alguns destroços da Segunda Guerra Mundial e pinturas pré-históricas, mas pouco mais. É pouco visitado por se situar numa localização tão remota.
  • Mansoura - Praticamente sem turistas nenhuns, esta pacata cidade do Baixo Egito. As suas atracções mais populares são a casa onde Luís IX de França se exilou. Pode também dar um passeio de barco pelo Nilo.
  • Monte Sinai - Um importante local de peregrinação devido a ser o local onde Moisés (supostamente) recebeu as tábuas de Deus. Aqui fica o Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina, que data do século VI, onde de diz ainda ser possível ver a Sarça Ardente.
  • Oásis de Baharia - Um dos muitos oásis do Deserto Ocidental, muito usado como ponto de partida para excursões no deserto. Rodeado por colinas pretas, o oásis tem grande biodiversidade. Aqui fica também o "Vale das Múmias", o maior do seu género.
  • Oásis de Dakhla - Um encantador oásis no Deserto Ocidental com duas aldeias: Al-Qasr e Mut. Al-Qasr é uma fascinantes cidade medieval, muito bem restaurada e situado na orla do oásis. Mut data dos tempos faraónicos, uma charmosa cidade com algumas ruínas antigas.
  • Saqqara - Saqqara é uma aldeia e antiga necrópole num planalto nas margens do rio Nilo, onde existem vários túmulos e pirâmides que datam dos períodos pré-dinástico, do Império Antigo, do Império Novo e dos últimos períodos da história egípcia.
  • Tell Basta (Bubastis) - Uma das cidades mais antigas do Egito, onde costumava existir o antigo templo a Bast, e também um centro de peregrinação cristã, devido ao facto de a Sagrada Famíla ter parado aqui durante a sua viagem para o Egito.

Chegar[editar]

Vistos[editar]

Como é um grande destino turístico cuja economia depende do dinheiro do turismo, é relativamente fácil obter um visto no Egito. Existem três tipos de vistos egípcios:

  • Visto de Turista - Geralmente válido por um período de 3 meses.
  • Visto de Entrada - Pedido a todos os estrangeiros que cheguem ao Egito para propósitos que não turismo, por exemplo trabalhar, estudar, etc. É necessário possuir para completar o processo de residência no Egito.
  • Visto de Trânsito - Raramente necessário e só para certas nacionalidades.

Pode pedir um visto de entrada a uma embaixada ou consulado ou ao Departamento de Vistos de Entrada da Administração da Administração da Nacionalidade, Imigração e Documentos de Viagem (TDINA). Todos os turistas não-egípcios precisam de um passaporte válido.

Cidadãos de vários países podem obter o seu visto à chegada, nos principais pontos de entrada do país; à chegada é exigido que pague o visto e é muito caro fazer o câmbio e depois pagar. Para mais informações contacte a embaixada ou consulado mais próximo.

Brasileiros podem tirar visto de turismo ou negócios, para uma ou múltiplas entradas [1], nos seguintes locais:

  • Setor Consular da Embaixada do Egito em Brasília, tel (61) 3323-8800
  • Consulado Geral do Egito no Rio de Janeiro, tel. (21) 2554-6664 ou 2554-6318

Através de agências de viagem, contudo, basta pagar uma taxa na chegada ao país.

Os portugueses podem tirar visto na Embaixada do Egito em Lisboa:

De avião[editar]

Há muitos aeroportos internacionais no Egito, porém não há vôos diretos do Brasil, já de Portugal a EgyptAir realiza vôos diretos entre Lisboa e o Cairo.

  • Aeroporto Internacional do Cairo[2], principal ponto de entrada de turistas para o país e sede da empresa Egypt Air [3].
  • Alexandria Nozha
  • Aeroporto Internacional de Luxor [4], que tem vindo a receber um número crescente de voos desde a Europa.
  • Aeroporto Internacional do Assuão
  • Aeroporto Internacional de Hurghada — recebe alguns voos charter
  • Aeroporto Internacional de Sharm El-Sheikh — recebe alguns voos charter
  • Aeroporto Internacional de Burg Al-Arab
  • Aeroporto Internacional de Marsa Alam

De barco[editar]

De carro[editar]

O combustível é barato no Egito, chegando a custar menos de 0,79 euros por galão. Se decidir alugar um carro, o combustível não vai aumentar muito as despesas. Para alugar um carro é preciso ter pelo menos 25 anos. Conduzir no Egito é muito diferente de conduzir num país do ocidente, e não é nada fácil. A não ser que seja realmente necessário é provavelmente mais fácil e barato usar táxis para distâncias curtas e aviões, comboios e autocarros para viajar pelo país.

De autocarro/ônibus[editar]

Pode-se chegar facilmente ao Egito desde Israel desde as estações de autocarros em Jerusalém e Tel Aviv-Yafo. Apanhe um autocarro até Eilat, onde pode atravessar a fronteira até Taba e apanhe um autocarro até ao Cairo ou para o coração do Sinai. A companhia de autocarros jordana, a JETT, também opera um autocarro directo entre Amã e o Cairo, que sai às 03:00 do terminal JETT em Amã e demora aproximadamente 19 horas a chegar ao Cairo. Normalmente, apenas dois ou três autocarros saem de Taba cada dia: um de manhã, um à tarde, e por vezes um ao fim da tarde. Se chegar a Eilat à noite, prepare-se para dormir lá. Todos os estrangeiros tem que pagar uma taxa de 63LE depois do autocarro sair da estação. Todas as rotas de autocarro tem que atravessar Israel; se quiser viajar para países como a Síria, o Irão e a Líbia, que recusa entrada a pessoas que viajaram por Israel, é desaconselhável usar autocarro para entrar no Egito.

Circular[editar]

De avião[editar]

A rede de rotas domésticas é bem extensa e cobre a maioria das cidades egípcias. A empresa EgyptAir tem maior regularidade nos serviços e é a melhor opção antes de partir. As tarifas aplicadas são diferentes para locais e estrangeiros; mesmo assim, são relativamente baratos. Por exemplo, um vôo de ida-e-volta a Luxor sai por US$ 150. Reserve com antecedência pois os vôos lotam na alta estação. Em último caso, procure as agências de turismo locais.

De trem[editar]

A empresa estatal Egyptian National Railways [5] é proprietária de todas as linhas férreas do país. Os bilhetes podem ser comprados na maioria das grandes estações (às vezes, muita paciência é necessária!). A Estação Ramsés, no Cairo, possui muitas bilheterias para diferentes classes e destinos; pergunte aos locais se você está na fila certa. As passagens podem ser pagas em moeda local (libras egípcias), exceto para o Abela Egypt, que só aceita dólares, libras esterlinas e euros. Agências costumam cobrar uma taxa para fazer esse serviço, e o ideal é procurá-las com pelo menos um dia de antecedência. Exceto nos longos feriados, não costuma ser muito difícil conseguir um bilhete na primeira classe um dia antes ou no mesmo dia diretamente na estação; entretanto, prefira reservar os bilhetes com antecedência. É aconselhável viajar sempre na primeira classe, que é muito barata, já que a segunda é bastante inferior. Se você tiver que viajar na 2ª por falta de opção, faça um upgrade para a 1ª assim que possível: ocupe um banco vazio nesses vagões e pague a diferença, que vale a pena.

De táxi[editar]

Os táxis são seguros, baratos e um modo muito cômodo de passear. Entretanto, há muitos táxis falsos; por isso, verifique se eles têm o logotipo oficial na pintura. As cores oficiais são preto e branco no Cairo e azul e branco em Luxor. Em ambas cidades é muito melhor andar em táxis com o auxílio de um bom guia em vez de ônibus turísticos. Os taxímetos não são usados; a melhor política é perguntar no hotel, a pedestres ou policiais a tarifa entre dois pontos, e acertar o valor com o motorista antes da viagem.

Algumas tarifas razoáveis são 20 LE do centro do Cairo a Giza, 10 LE para uma corrida dentro da área central da cidade e 5 LE para uma corridinha. Esses preços já estão inflados por serem aplicados a turistas. Não pague em exagero! Táxis contratados por dia inteiro custam entre 100 e 200 LE, para longas excursões, como do Cairo a Saqqara e Dashur.

Geralmente os motoristas falam inglês e também servem de guias, mas também esperam ganhar uma gorgeta pelo trabalho extra. Às vezes é conveniente pegar o cartão de algum deles e chamá-lo sempre que necessário.

Táxis mais novos, na cor amarela e com ar-condicionado, usam taxímetro e podem ser parados tanto na rua como em pontos. São mais caros que os demais, mas são garantia de cobrar apenas o preço marcado.

De carro[editar]

A gasolina no país é muito barata, e se você alugar um carro saiba que é necessário ter mais de 25 anos para dirigir.

De barco[editar]

Existe um ferry que faz a viagem entre a cidade-resort de Hurghada na Costa do Mar Vermelho e Sharm el-Sheikh no Sinai, com uma duração de 90 minutos por 400 LE, embora possa demorar mais se o mar estiver agitado.

De autocarro/ônibus[editar]

O Egito tem uma extensa rede de autocarros de longa distância, a sua maior parte operada por companhias governamentais. Essas companhias incluem a Pullman, a West Delta, a Golden Arrow, a Super Jet, a East Delta, a El Gouna, a Upper Egypt Bus Co. Rotas populares são operadas por mais de uma companhia. Algumas companhias permitem que reserve lugares com antecedência, outras vendem lugares consoante o número de lugares existente.

Acidentes na estrada são muito comuns no Egito, devido principalmente a estradas más, condução perigosa e ao não-cumprimento das regras de trânsito. A polícia estima que morram cerca de 6000 egípcios por ano, ou seja, quase 9 vezes mais do que em Portugal. Outras estimativas põem o número ainda mais alto.

Fale[editar]

A língua oficial do Egito é um dialecto egípcio do árabe moderno. O árabe egípcio difere do normal por que a letra jim é pronunciada g em vez de j. Todos os egípcios aprendem árabe normal na escola, por isso estão familiarizados com ele também. Como o Egito foi uma colónia inglesa, a maior parte dos locais letrados sabem falar inglês. É fácil encontrar alguém que saiba inglês, especialmente nos grandes centros turísticos.

Os egípcios sabem falar outras línguas, especialmente em centros turísticos, como o francês.

Os egípcios de Luxor, Assuão e das aldeias no sul do egípcio falam um dialecto diferente dos cairenses. Se souber árabe cairense, lembre.se que ق se pronuncia "gah" em vez de "ah" e ج pronuncia-se "jeem" como no árabe clássico, em vez de "geem." Isto deve chegar para conseguir comunicar, embora algumas palavras sejam completamente diferentes.

Compre[editar]

A moeda local é a Libra egípcia (EGP), dividida em 100 piastres. Localmente, abrevia-se LE ou £E. Em árabe a libra se chama gunaih (جنيه), e os piastres qirsh (قرش). Papéis-moeda vão desde 100 LE até 5 piastres (que não compram nada!), e as moedas existentes são de 50 piastres e 1 LE. Notas velhas não são um problema; por outro lado, trocar LEs fora do país é.

Em Junho de 2010:

$ Dólar Americano USD$1,00 = LE5,683 LE1,00 = USD$0,176
€ Euro €1,00 = LE7,0308 LE1,00 = €0,1422
R$ Real R$1,00 = LE3,19 LE1,00 = R$0,3135

O Egito é o paraíso dos compradores - sobretudo se você estiver interessado em lembranças com a temática egípcia, kitsch por excelência. Alguns itens são necessários, assim como a barganha. Os artigos mais populares são:

  • Antigüidades (réplicas, claro; o comércio de antigüidades no país é ilegal.)
  • Tapetes
  • Artigos de algodão
  • Machetaria, como tabuleiros de gamão
  • Jóias
  • Artigos de couro
  • Música
  • Papiro
  • Perfume
  • Sheeshas (como são conhecidos os Narguilés)
  • Temperos

Coma[editar]

A culinária egípcia é única: não muito condimentada e bem temperada com ervas. Para uma boa amostra da cozinha local, procure a rede de restaurantes Felfela, no Cairo; alguns visitantes, no entanto, já dizem que a comida ficou menos autêntica por causa do turismo.

Há depoimentos de que nas redondezas de Hurghada, uma peixaria próxima ao porto serve excelentes e inesquecíveis pratos à base de frutos do mar.

Tenha em mente que a higiene não segue os melhores padrões, mesmo nos hotéis 5 estrelas. O número de turistas com algum tipo de infecção alimentar é grande. Até que se assegure o contrário, recomenda-se levar algum medicamento para lidar com esse tipo de problema.

Pratos egípcios típicos:

  • Ful Medames, à base de fava cozida lentamente em panelas de cobre e parcial ou inteiramente amassada, com azeite, salsinha picada, cebola, alho e suco de limão, normalmente servido com pão egípcio (Baladi).
  • Falafel, conhecido localmente como Damiya: bolas de massa de grão-de-bico fritas.
  • Vegetais e folhas guarnecem os pratos
  • Shawarma, sanduíche também conhecido como Kebab ou churrasquinho grego.

Beba[editar]

Bebidas não-alcoólicas[editar]

  • Água mineral existe em toda parte, e as marcas mais famosas são Baraka, Nestle Pure Life, Hayat, Dasani, Evian - beba muita água para evitar desidratação.
  • Sucos são encontrados facilmente: kasab (garapa); erk soos; sobiia; tamer e alguns sucos de frutas frescas.

Bebidas alcoólicas[editar]

O Egito é predominantemente muçulmano e consequentemente bebidas alcóolicas são proibidas. No entanto, eles tendem a ser mais tolerantes com os não-muçulmanos e estrangeiros, e alguns deles também tomam uns tragos. Bebidas podem ser compradas facilmente nas grandes cidades e centros turísticos. Por outro lado, bebedeiras e badernas em público não são bem-vistas e podem dar cadeia. Se você quiser mesmo ficar bêbado, faça isso no hotel. Na verdade, é bem raro ver turistas bêbados, mesmo nas áreas mais turísticas.

Stella é uma cerveja comum no país. Entre os vinhos, destaca-se o Ptolemy.

Restrições ao álcool[editar]

Comparadas a maioria dos países islâmicos, as leis do Egito em relação ao álcool são liberais. Excetuando-se o mês do Ramadã, ele é amplamente disponível. Segundo a lei, nesse período, apenas estrangeiros podem comprar bebida, as quais são vendidas apenas em hotéis, bares e restaurantes freqüentados por estrangeiros. Alguns locais turísticos também deixam de vender bebidas no mês sagrado. Na lua cheia que precede o Ramadã a proibição é total.

Durma[editar]

O país conta com uma ampla rede de opções, desde hospedarias/albergues para mochileiros até hotéis cinco estrelas de redes internacionais. A maior parte das grandes cadeias de hotéis tem um hotel pelo menos em Cairo, Sharm el-Sheikh e Luxor. Pode reservar hotéis online ou contactar uma agência local que organize a viagem e o alojamento.

  • Egypt Hotels[6].

Aprenda[editar]

  • Há muitas opções para se aprender árabe no Cairo, incluindo o Instituto de Língua Árabe [7] e o Kalimat [8].
  • Universidades estrangeiras: americana, alemã, britânica, francesa e canadense.

Trabalhe[editar]

Segurança[editar]

O país é, em geral, seguro para os viajantes. Os egípcios são bastante amigáveis e tentarão sempre ajudar no que for possível. Porém, como em muitos países do Meio Oriente, grupos militantes esporadicamente alvejam grupos turísticos, com resultados trágicos. A mídia ocidental costuma exagerar sobre esses fatos. Brigas e assaltos são muito raros; o máximo que pode acontecer é ter uma carteira roubada.

Terrorismo[editar]

O terrorismo é um perigo no Egito, e os grupos terroristas nacionais já fizeram atentados terroristas a turistas ocidentais e aos locais que estes frequentam. O ataque mais conhecido foi o de 1997 em Luxor, que matou 62 pessoas, mas houve também uma série de atentados no Sinai em 2004-2006e uma tentativa que correu mal no Cairo em 2005.

O incidente mais recente envolvendo turistas acidentais ocorreu em 24 de Abril de 2006 cidade-resort de Dahab, matando 23 pessoas e ferindo mais de 60. Na véspera do 22 de Fevereiro de 2009, ocorreu uma explosão na Mesquita de Al Hussein no Cairo, matando um francês e ferindo outros. As forças de segurança egípcias continuam num alto nível de alerta.

Na prática, no entanto, as probabilidades de se ser afectado pelo terrorismo são mínimas e os atentados só tiveram sucesso em matar egípcios, aumentando a repulsão dos egípcios em relação aos extremistas. O governo leva o assunto muito a sério e os locais turísticos tem muitos seguranças. Por exemplo, se apanhar um táxi desde o Cairo até Alexandria, vai ter que parar num ponto de segurança antes de sair do Cairo. Eles vão perguntar-lhe para onde se está a dirigir, e comunicar com o ponto de segurança em Alexandria para assegurar que chega ao destino a tempo. Acontece de maneira semelhante para viagens através do deserto, sobretudo no Alto Egito. Durante secções da viagem, pode ser escoltado pela polícia local. Iram viajar consigo até ao seu destino, e depois esperar num ponto de segurança. Isto acontece se visitar desde Assuão até Abu Simbel, por exemplo.

Existem também vários agentes da polícia armados montados em camelos a patrulhar o planalto de Giza. Estes estão aí para assegurar a segurança dos turistas, visto as Pirâmides serem um dos locais mais visitados do país.

Crime[editar]

O carteirismo é um problema nas maiores cidades do país, principalmente no Cairo. Muitos locais optam por não andar de carteira, em vez disso andar com o dinheiro no bolso, e esta é uma atitude a tomar pelos turistas. Por outro lado, o crime violento e raro, e é muito invulgar ser agredido ou roubado. Se, no entanto, for vítima de um crime, pode conseguir ajuda dos pedestres que o rodeiam, gritando "Harami" (Criminoso) enquanto persegue a pessoa que o roubou.

A fraude é o principal problema no Egito. Muitos dos egípcios que falam consigo no Cairo ou em Luxor querem o seu dinheiro. Primeiro, eles ganham a sua confiança, depois mostram a cidade, e por vezes convidam-o mesmo para jantar, e depois pedem dinheiro por isso. Basicamente, se parece bom demais para ser verdade, provavelmente é. Pergunte o preço de tudo, porque se depois disser "Pensava que era grátis!", vai haver uma grande discussão.

Saúde[editar]

Fluídos[editar]

Assegure-se de beber muita água: O Egito tem um clima extremamente seco durante a maior parte do ano - um facto que se agrava pelas altas temperaturas no Verão - e vários viajantes sofrem dos perigos e desconfortos da desidratação. Uma sensação de sede é o suficiente para indicar perigo - ande com uma garrafa de água e esteja sempre beba. Não precisar de urinar durante um grande período de tempo ou apenas urinar pequenas quantidades de urina amarelo-escura são sinais de desidratação.

A água da torneira é boa para os locais, mas muitos dos viajantes ficam doentes de a beber. A água varia muito de qualidade consoante a área do país, mas a maior parte desta não é recomendada. Existe água engarrafada à venda por todo o país. No entanto, alguns vendedores revendem as garrafas de água cheias de água da torneira, por isso verifique sempre se a garrafa já foi aberta andes de pagar (ou beber) dessa água e informe a polícia se se deparar com um caso destes.

Cuidado com os sumos de fruta à venda, pois alguns dos comerciantes misturam-os com água. Tenha cuidado também com o leite, pois pode não ter sido pasteurizado. Bebidas quentes como o chá e o café devem ser seguras para beber, devido à água ter sido fervida para a sua preparação, mas tenha cuidado com o gelo.

Esquistossomose[editar]

Para evitar contrair o parasita da esquitossomose (também conhecido por bilharzíase), um platelminto que penetra pela pele, não nade no Nilo nem em qualquer outro corpo de água egípcio, mesmo que os locais o façam. Também não é boa ideia andar descalço em campos ou relvados acabados de regar.

Embora a doença demore semanas a meses para se mostrar, é aconselhável ir ao médico se pensar que foi exposto, pois eles estão acostumados a diagnosticá-la e tratá-la custa menos. Os sintomas incluem febre, diarreia, dor abdominal e fatiga, tornando-a fácil de confundir com uma gripe ou envenenamento alimentar, mas os ovos dos parasitas podem ser identificados através de um exame às fezes e pode normalmente ser curada com uma dose de Praziquantel.

Respeite[editar]

  • Os trabalhadores em serviços esperam uma gorjeta (baksheesh, em árabe) depois do serviço.
  • Os homens costumam dar-se as mãos na rua; não se surpeenda se algum segurar a sua, ou mesmo o braço: isso é um costume local.
  • Os egípcios são conservadores: vista-se com prudência e não use roupas muito abusivas, pelo menos nas grandes cidades.

Mantenha contato[editar]

  • Serviços de roaming e GSM
  • Muitos cyber-cafés nas grandes cidades
  • Tem aumentado o número de locais com acesso wireless em cafeterias, restaurantes e lobbies de hotéis.
  • Embaixada do Brasil em Cairo [9]: 1125, Av. Corniche El-Nil - Maspero, tel. (20-2) 575-6938/576-1466 /577-3013; e-mail: brasemb@soficom.com.eg


Este artigo é usável. Ele contém algumas informações úteis sobre o assunto. Uma pessoa corajosa pode utilizá-lo para viajar.

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