Rio Grande do Sul

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Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul é um Estado da região sul do Brasil e o mais austral do país, com uma população de 11.286.500 habitantes. Sua área total é de 281.737,9 km², o que equivale a 3,3% da superfície brasileira. Localiza-se entre Santa Catarina, o oceano Atlântico, o Uruguai e a Argentina. Possui em seu território o ponto extremo sul do país, o arroio Chuí.

Regiões[editar]

Regiões do Rio Grande do Sul
Centro-Oeste
Centro-Leste
Nordeste
Noroeste
Região Metropolitana de Porto Alegre
Sudeste
Sudoeste


Cidades[editar]

  • Porto Alegre - A capital estadual. É uma cidade cosmopolita, atrai estudantes, turistas, empresários, cientistas e gente de todo tipo, com ampla variedade de serviços, atrações e possibilidades de entretenimento, trabalho e educação, reunindo interessantes aspectos culturais típicos das diferentes regiões do estado e de sua população de vária origem. A cidade tem muitos museus, galerias e instituições culturais com programação qualificada permanente, seu centro histórico é rico em edifícios de alto valor arquitetônico, tem vários parques com equipamentos de lazer e esporte e fica à beira do lago Guaíba, que proporciona um por-do-sol de beleza famosa e passeios de barco que dão memorável visão panorâmica da cidade. Isso sem falar em suas casas de espetáculo para grandes shows, seus bares e danceterias, suas festas underground, seus concertos de música clássica, as típicas churrascarias com comida gaúcha, as caminhadas dominicais no Brique da Redenção pesquisando suas antiguidades e artesanato, os passeios guiados pela sua atraente zona rural e a visão que se tem de cima dos morros que a emolduram junto ao lago.
  • Rio Grande - primeira povoação portuguesa do estado, fundada em 1737, foi também a primeira capital. Hoje é uma das mais ricas cidades do estado, com forte parque industrial e o único porto marítimo do Rio Grande do Sul, de grande movimentação. Um canal dá acesso à Lagoa dos Patos, e assim permite a navegação do mar até Porto Alegre e outras cidades do interior. Tem várias atrações turísticas, entre elas a Biblioteca Rio-Grandense, uma das maiores no Brasil, a Catedral de São Pedro, do período colonial, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em estilo neogótico, o Museu Oceanográfico Prof. Eliezer de Carvalho Rios, o maior museu oceanográfico da América Latina, além de vários prédios históricos de interesse. Também valem uma visita os molhes da barra do Rio Grande, na praia do Cassino, e o Eco-Museu da Ilha da Pólvora.
A Casa de Pedra, em Caxias do Sul.
Museu da Baronesa, Pelotas, instalado no antigo solar do Barão de Três Serros.
Cascata do Caracol, perto de Canela, uma das belezas naturais do estado.
Casa do Imigrante, uma casa antiga que fica em São Leopoldo. Ela abrigou os primeiros imigrantes alemães no estado.
  • São Leopoldo - cidade fundada por imigrantes alemães, é considerada o berço da imigração alemã no Brasil.
  • Caxias do Sul - cidade fundada basicamente por imigrantes italianos, cresceu rápido, diversificou-se e é hoje uma das mais importantes do estado. Tem completa rede de serviços e uma programação cultural variada, embora limitada. Seu maior atrativo para o turista é a herança colonial, que permanece principalmente na zona rural, com suas cantinas tradicionais, suas capelas antigas, sua culinária saborosa, tudo isso em meio a uma bela paisagem coberta de vinhedos. O centro urbano tem dois museus imperdíveis: o Museu Municipal, com vasto acervo de peças relativas ao processo de colonização e desenvolvimento, e o Museu Ambiência Casa de Pedra, preservando uma residência colonial típica. Também merecem uma visita a Catedral, datada do início do século XX, com rica decoração interna; a Casa de Cultura, com sua programação de exposições, teatro e música; a Igreja de São Pelegrino, com o maior ciclo de pintura mural no estado, obra-prima de Aldo Locatelli, e o Parque de Exposições da Festa da Uva, onde se realiza de dois em dois anos uma festa tradicional que atrai um milhão de turistas. No Parque existe uma réplica de um trecho da Caxias antiga, e um museu que preserva a obra de Michelangelo Zambelli, o maior santeiro da região colonial italiana. Do mirante do Parque se tem uma visão de toda a cidade.
  • Pelotas - uma das primeiras povoações do estado, durante muito tempo esteve à frente de Porto Alegre, a capital, em prestígio cultural e na sofisticação de sua elite, enriquecida com a indústria do charque. A cidade ainda preserva um inestimável acervo de arquitetura daquele tempo de esplendor, e hoje mantem dinâmica vida cultural em torno principalmente da Universidade Federal de Pelotas e do Museu Leopoldo Gotuzzo, que preserva parte do acervo de um dos principais pintores acadêmicos do Brasil do início do século XX. Também merece ser conhecido o Museu da Baronesa, preservando os ambientes de um antigo solar baronial, representativo do modo de vida da aristocracia pelotense no fim do Império.
  • Santa Maria - cidade universitária de localização central no Estado
  • Gramado e Canela - ambas as cidades, muito próximas entre si, formam um dos maiores polos turísticos do estado, e um destino conhecido em todo o Brasil por suas belezas naturais - com destaque para o Parque do Caracol e o Vale do Quilombo -, por sua arquitetura neogermânica romântica, sua culinária e seus chocolates, pela qualidade de seus hotéis e pousadas, pelo popular Festival de Cinema de Gramado, mas principalmente porque estão entre as poucas cidades brasileiras em que cai neve no inverno. Isso não acontece todos os anos, e raramente ocorre com forte intensidade, mas com bastante frequência cai uma nevada leve, e no inverno os hotéis estão sempre lotados com turistas na expectativa de serem contemplados com uma paisagem coberta de branco.
  • São Miguel das Missões - a cidade se tornou notória por ter sido fundada no local de uma das maiores reduções jesuíticas, cujas ruínas ainda são visíveis e foram declaradas Patrimônio da Humanidade. Um museu anexo preserva importantíssima coleção de estatuária missioneira, a maior do Brasil em seu gênero.
A Guarita, em Torres, considerada a praia mais bela do estado.
  • Torres - a mais badalada e tradicional das praias gaúchas é também a mais bela, sendo a única com grandes rochedos à beira mar que dão interesse e diversidade à paisagem. No verão suas praias ficam lotadas com milhares de turistas de todo o estado e do exterior, atraídos também por sua programação de shows e festas, por seus restaurantes à beira do rio Mampituba, e por suas competições esportivas, entre elas surf e balonismo. A Praia da Guarita fica em meio a uma reserva natural com várias trilhas, e a pequena Ilha dos Lobos, outra área de preservação e a única ilha marítima do litoral estadual, pode ser visitada de barco, mas sem desembarque, e vale a visita também pela panorâmica que se obtém da cidade a partir do mar.

Outros destinos[editar]

Vista do canyon do Itaimbezinho.
  • O Parque do Caracol está situado a 7 km de Canela, com boa infra-estrutura, contando com mirantes, restaurante, área de lazer, feira de artesanato e trilhas ecológicas com legendas e explicações. O acesso é feito pelas rodovias RS 235 e RS 446 com asfalto perfeito. No Parque do Caracol você pode ver: a cascata, uma enorme escadaria até a base da cascata, a trilha do arroio, as ruínas do moinho, corredeiras e uma pequena represa. Além disto há o Centro do projeto Loboguará e painéis ecológicos e mapas.
  • Região dos canyons. Localizada no alto da serra do nordeste, próxima do litoral norte, tem uma série de profundos canyons talhados na rocha vulcânica e cobertos de mata nativa, entre eles o Itaimbezinho, o Malacara e o Fortaleza. Uma parte da região é protegida, integrando o Parque Nacional dos Aparados da Serra, e alguns canyons estão dentro de propriedade privada e só são acessíveis mediante autorização, mas vários grupos organizam excursões e escaladas, e a visão que se tem de cima em dias límpidos é de tirar o fôlego, podendo se avistar até o mar do litoral norte.

Itinerários[editar]

Guaibassauro no geoparque Paleorrota.
  • Paleorrota - Famoso por seu turismo paleontológico

Entenda[editar]

O Rio Grande do Sul originalmente era povoado por várias tribos indígenas, como os caingangues, tapes e minuanos. Pelo Tratado de Tordesilhas firmado entre Portugal e Espanha, a região ficou sob o domínio espanhol. No entanto, a partir do século XVI os portugueses iniciaram sua exploração e colonização através do litoral, fundando no século XVIII sua futura capital, Porto Alegre, junto ao lago Guaíba, próxima do litoral norte. Religiosos espanhóis, enquanto isso, fundavam no noroeste várias reduções para aldear os índios selvagens, das quais sete se destacaram, conhecidas como os Sete Povos das Missões, e povoavam o interior aproveitando as vastas manadas de gado que viviam livres nos campos.

As ruínas jesuítas de São Miguel das Missões, Patrimônio da Humanidade.
O Theatro São Pedro, em Porto Alegre, construído em meados do século XIX, é um dos mais prestigiados teatros do Brasil.

Com o passar do tempo os portugueses foram dominando cada vez maiores porções do território, entre muitos avanços e recuos, formando-se uma cultura altamente militarizada, ainda mais porque o Rio Grande do Sul se definiu como um ponto estratégico na geopolítica do sul do continente do século XVII ao XIX, competindo economicamente com Buenos Aires, já então uma importante capital, e outras províncias coloniais espanholas do entorno, e servindo como ponta-de-lança do governo português para suas pretensões expansionistas, como foi o caso da anexação temporária do Uruguai ao domínio luso. Somente no início do século XIX as fronteiras do estado foram fixadas, e, cessados os conflitos com os espanhóis e platinos, que se prolongaram até a década de 1820, a partir daí a preocupação maior se tornou desenvolver a província que se estabelecia. Como o gado sempre foi abundante e dominou a economia no século XIX, especialmente através do comércio do charque e do couro, as tradições campeiras, chamadas localmente gauchescas, se tornaram parte de um folclore que perdura até hoje como parte importante da identidade cultural riograndense. Ao longo do século XIX várias levas de imigrantes chegaram para auxiliar neste processo de desenvolvimento, estabelecendo prósperas colônias e passando a influenciar a vida política e social.

Esta evolução não se deu sem novos conflitos. Entre 1835 e 1845 o estado se dividiu em uma revolta, a Revolução Farroupilha, que iniciou protestando contra os impostos abusivos e o descaso pela província por parte da administração central do Império recém-fundado, e acabou pretendendo proclamar uma república independente. Os rebeldes acabaram derrotados pelas forças imperiais, mas ficou profunda e duradoura marca da divisão, polarizando a política interna por muitas décadas à frente. Em seguida o Rio Grande se viu transformado em uma das bases de operações da Guerra do Paraguai, e no fim do século XIX a sangrenta e cruel Revolução Federalista lançou a população no terror, fazendo muitas vítimas. Neste período, a cultura local tentava, ainda precariamente, se consolidar, desenvolvendo-se atividades literárias, teatrais, artísticas, musicais, jornalísticas e educativas mais consistentes, com as mulheres, e também os ex-escravos, imigrantes e outras minorias, tentando ganhar respeito e abrir maiores espaços de atuação em uma sociedade predominantemente patriarcal, caudilhista, elitista e europeizada, com forte influência da filosofia positivista, adotada pela oligarquia política que dominaria o estado até meados do século XX e o levaria a um grande desenvolvimento, mas também ao endividamento e a desigualdades regionais e sociais.

Ao longo do século XX o estado cresceu rápido, fortaleceu uma economia baseada na agricultura e na pecuária, e logo também em uma indústria e um comércio de crescente importância, ao mesmo tempo em que a cultura se diversificava, atingia alto padrão e encontrava sua própria voz, sem deixar de se abrir para um mundo em crescente globalização. Também na política o estado se destacou, sendo o berço de muitos políticos influentes e de presidentes da república, e de movimentos populares pioneiros que ganharam repercussão nacional. Hoje o Rio Grande do Sul é um dos estados mais importantes econômica, política e culturalmente do Brasil, tem atrações em quantidade e qualidade para sustentar um sólido turismo, mas também enfrenta grandes desafios em questões ambientais, como poluição, desmatamento, etc, e em questões sociais, como sub-habitação, desemprego, drogas, falta de segurança e problemas de trânsito, especialmente nos grandes centros urbanos.

Chegar[editar]

De avião[editar]

Os principais aeroportos do estado são:

  • Aeroporto Internacional Salgado Filho, Porto Alegre, que opera com as companhias aéreas: TAM, Varig/GOL, Azul, Webjet, Ocean Air, NHT e Pluna. Fone: (51) 3358 2000.
  • Aeroporto Campo dos Bugres, Caxias do Sul, companhias aéreas: VARIG/GOL, NHT. Fone: (54) 3213-2566.
  • Aeroporto Internacional de Pelotas, Pelotas companhias aéreas: NHT e Azul. End. Av. Zeferino Costa s/nº Bairro Três Vendas. Fone: (53) 3223-1227.
  • Aeroporto de Santa Maria, companhia aérea: NHT. Fone: (55) 3226-1115.
  • Aeroporto Lauro Kortz, Passo Fundo, companhias aéreas: NHT. Fone: (54) 3313-6566 / 3313-6464.
  • Aeroporto de Santo Ângelo, companhia aérea: NHT. Fone: (55) 3313-6617.
  • Aeroporto de Rio Grande, companhia aérea: NHT. Fone: (53) 3230-1316.
  • Aeroporto Internacional Rubem Berta, Uruguaiana, companhia aérea: Azul. Fone: (55) 3413 1314.

De carro[editar]

  • Os principais acessos ao estado são pelas rodovias BR-101, BR-116 e BR-386.

Circule[editar]

De avião[editar]

O principal aeroporto é o de Porto Alegre. A companhia aérea NHT faz voos regionais entre várias cidades do estado.

De trem[editar]

As linhas de passageiros estão desativadas.

De ônibus[editar]

Pela rodoviária dos municípios visitados.

De carro[editar]

Pelas rodovias BR-290, BR-116 e BR-101. A maior parte das rodovias do RS está em estado regular.

Fale[editar]

O idioma do estado é mesmo de todo o Brasil, ou seja, o português. No RS há uma influência etnolinguística proveniente do Argentina e Uruguai. É muito comum encontrar comunidades falantes de alemão e italiano, principalmente nas cidades do interior, devido a imigração europeia à região.

Compre[editar]

  • Artesanato
  • Doces

Coma[editar]

Principais pratos típicos do estado:

  • Churrasco

Beba e saia[editar]

Principais bebidas típicas:

  • Chimarrão

Durma[editar]

Os meios de hospedagem mais comuns são:

  • Albergues
  • Pousadas
  • Hotéis

Aprenda[editar]

  • Danças: chamamé, vanerão e xote (sapateado gaúcho).
  • Cultura regional em geral: "tradições gaúchas" como churrasco e chimarrão.

Segurança[editar]

É feito através das polícias federal e estadual (Brigada Militar).

Saúde[editar]

O sistema público de saúde é de boa qualidade.

Respeite[editar]

  • Respeite a natureza.
  • Respeite as leis.
  • Dirigindo nas cidades, respeite a preferência dos pedestres ao atravessarem as ruas nas faixas de segurança.

Mantenha contato[editar]

Por telefone[editar]

O DDDs do estado são o 51, 53, 54 e 55

As operadoras que prestam serviço de telefonia fixa são a Oi (14), Embratel (21), Intelig (23) e GVT (25). E as operadoras de celular são Oi (14), Vivo (15), Claro (21) e TIM (41).

Assim, para ligar para o RS digite: 0 + operadora + DDD + número do telefone

Para ligar para outra localidade (interurbano), digite 0 + código da operadora + código de área + número do telefone

Para fazer um interurbano a cobrar, digite 90 + código da operadora + código de área + número do telefone

Para ligações locais a cobrar, digite 9090 + número do telefone

Os números de telefones iniciados pelos dígitos 2 a 6 são linhas fixas; de 7 a 9 são celulares. As ligações para celulares são bem mais caras que para telefones fixos.

A ANATEL tem mais informações sobre códigos, operadoras e tarifas.

O serviço de voz-sobre-ip (VoIP), que permite realizar chamadas telefônicas pela Internet, estará implantado em breve.

Emergências[editar]

  • 190 - Polícia
  • 192 - Pronto-Socorro
  • 193 - Corpo de Bombeiros
  • Essas ligações são gratuitas de qualquer aparelho

Pelo correio[editar]

No Rio Grande do Sul, há a empresa de Correios.

Pela web[editar]

O uso de e-mail e Internet no RS é bastante difundido e pode ser encontrado, com qualidade variável, mesmo em cidades não-turísticas de pequeno porte. As principais cidades têm conexões de banda larga e pontos de acesso público. No entanto, a forma mais comum de acesso para os viajantes é nos próprios hotéis ou com preços normalmente mais em conta nos cybercafés e lan houses, casas de jogos em rede onde é possível utilizar a conexão de Internet para uso pessoal, conectar laptops, etc. Na capital, Porto Alegre, é possível encontrar inúmeros pontos com conexão wireless".


Partir[editar]


Este artigo é usável. Ele contém algumas informações úteis sobre o assunto. Uma pessoa corajosa pode utilizá-lo para viajar.

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